Morreu o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, aos 81 anos, na madrugada desta terça-feira (15/2). Ele estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com a família, a causa da morte foram complicações do AVC, segundo informações do site Metrópoles.
O jornalista nasceu em 12 de dezembro de 1940, no Rio de Janeiro. Em mais de 50 anos de carreira, ele passou por cinema, jornal, TV e rádio. Em seus filmes, ele comentava sobre a sociedade brasileira e mostrava um lado diferente do povo.
Diretor do Cinema Novo, o cineasta inaugurou a linha do “cinema verdade” de Jean Rouch, aproximando a câmera das pessoas nas ruas e dando destaque às contradições da classe média, da qual o próprio fazia parte.
Seu primeiro filme foi A Opinião Pública, de 1967, um marco no documentário brasileiro moderno. Ele coletou depoimentos de personagens, como estudantes, donas de casa e aposentados, e mostrou a classe média carioca após o golpe militar de 1964.
Em 1970, ele se tornou um dos mais bem-sucedidos diretores do Brasil com filmes, como Toda Nudez Será Castigada (1973), que conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim e foi o primeiro vencedor do Festival de Cinema de Gramado.
Em nota, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) lamentou a morte do cineasta e falou sobre sua dedicação para a música brasileira, já que ele é autor das canções Amor e Sexo, ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e Samba Exaltação, em parceria com Cristóvão Bastos.