Um recenseador do IBGE denunciou que foi vítima de racismo em Itaipuaçu, distrito de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, enquanto cumpria seu expediente. O caso aconteceu na quarta-feira (17).
Fabiano Gomes contou que foi chamado de “macaco” por um morador que não quis atendê-lo para participar da pesquisa.
O funcionário do IBGE disse que já havia comparecido à casa onde sofreu a agressão verbal algumas vezes durante a semana, mas que a empregada da casa informou que o proprietário só chegava depois das 19 h, segundo informações do site G1.
Fabiano voltou, então, durante a noite, por volta das 19h30, para fazer a pesquisa do IBGE. Ele contou que o dono da casa não abriu o portão da casa, só apareceu da janela e desconfiou se Fabiano seria mesmo funcionário do instituto por conta do horário.
O recenseador explicou ao morador que o trabalho do IBGE pode ser realizado até as 21 h, mostrou o uniforme e disse que estava com o crachá que possui o QR Code para comprovação da função, mas, ainda assim, o morador não quis atendê-lo.
“Eu perguntei se eu poderia voltar algum dia na parte da manhã pra ele ter mais segurança, ou se ele não tivesse como fazer a entrevista em dia de semana, que poderia fazer no final de semana também durante o dia, e o mesmo disse que não queria saber do IBGE e falou ‘vai embora seu macaco'”, disse Fabiano Gomes.
O funcionário acionou a Polícia Militar e registrou o caso na 82ª DP como injúria racial. Segundo o recenseador, os agentes informaram que vão entrar em contato para marcar uma audiência.
O suspeito negou que tenha cometido a agressão e disse que não havia testemunha do caso.