O cantor e compositor Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. Um dos pioneiros do rock e símbolo da Jovem Guarda, o artista estava internado no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.
O Tremendão, como era chamado, deixa a esposa e três filhos. O velório será fechado para o público, restrito a familiares e amigos.
O artista passou os últimos momentos ao lado da mulher, Fernanda Passos, no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio.
Em meados de outubro, enfrentou uma síndrome edemigênica, que causa acúmulo de líquido nos tecidos do corpo, provocando edemas, inchaços. A síndrome é consequência de problemas em órgãos como fígado, rins e coração.
No último dia 2, o artista comemorou a alta após duas semanas de internação, mas o estado de saúde se agravou, ele voltou no mesmo dia para o hospital e precisou ser entubado.
O cantor morreu no fim da manhã. À noite, a família divulgou uma nota informando que Erasmo teve um quadro de paniculite agravado por sepse de origem cutânea. A paniculite é a inflamação da camada de gordura que fica abaixo da pele e, no caso dele, agravada por uma infecção generalizada.
A mulher, Fernanda Passos, postou uma despedida emocionada:
“Você é lar, você acolhe, você enxerga, você crê. Perdi a capacidade de me lembrar de como era a vida sem você, talvez ela nem tenha existido… e talvez tenha sido tão simples esquecer porque a gente se acostuma facilmente com a paz. Não foi de primeira, você brigou muito para mostrar, mas, por fim, encontrei a paz em você”, postou a mulher de Erasmo, Fernanda Passos.
Mais de 600 músicas
Autor de mais de 600 músicas e de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”, o artista deixa uma legião de fãs e amigos que fez pela estrada.