O Teatro Inah de Azevedo Mureb, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, completa 26 anos nesta segunda-feira (14), mas, desde 2017, não recebe espetáculos devido a problemas estruturais.
Ao longo desses seis anos foram anunciadas reformas e novas datas de reabertura, mas até o momento não aconteceu. Atualmente, o espaço funciona parcialmente para reuniões, ensaios e oficinas na Sala Ângelo Samerson.
A Prefeitura de Cabo Frio informou que o processo para a licitação para a reforma está em fase final de levantamento da documentação. A obra da caixa cênica está orçada em R$ 1,2 milhão.
“Paralelo ao processo de licitação da reforma da caixa cênica, a Secretaria Municipal de Cultura está trabalhando na regularização da documentação do prédio do teatro, junto ao Corpo de Bombeiros, para que o mesmo esteja regularizado, com todas as autorizações e licenças, quando for reaberto”, esclarece a assessoria da Prefeitura.
A Secretaria de Cultura destaca que o projeto de reforma atenderá às exigências de segurança e também da instalação do sistema elétrico do palco. O tempo estimado é de até três meses de obra.
Projeto de segurança
Quanto ao Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico, há um impasse. A assessoria da Prefeitura de Cabo Frio informa que o projeto foi aprovado no primeiro semestre deste ano.
Segundo o Corpo de Bombeiros, “o estabelecimento citado está irregular junto à corporação. O processo que tramitava foi indeferido, sendo necessário o reenvio da documentação cumprindo as exigências do CBMERJ”.
A Prefeitura reafirmou que o projeto foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Ainda de acordo com a Prefeitura, até o momento foram investidos R$ 126 mil referentes à obra do Sistema Contra Incêndio e Pânico e distanciamento das poltronas da plateia.
Uma das atrações que perderam esse espaço cultural é o tradicional Festival de Esquetes de Cabo Frio (Fesq).
Yuri Vasconcellos, um dos produtores do festival, lamenta a demora para a reabertura do teatro.
“Toda atividade que você faz, o espetáculo de dança, teatro, você precisa de uma estrutura de palco, de luz, som, que só um equipamento cultural, como o Teatro Municipal, pode ter. Porque é muito difícil as produções arcarem com esse custo. Então, a gente precisa, realmente, ter acesso a esse espaço, através de um equipamento municipal para que viabilize a existência, não só deste festival, mas também de festivais de dança, de todas as escolas de dança da cidade… tudo que precisa de teatro, dança e música, o teatro municipal é essencial”, explicou.