A fumaça dos incêndios que ocorrem nas florestas do Canadá, deixou parte dos Estados Unidos (EUA) sob uma densa camada de cinzas, na quarta-feira (07). A “névoa” levou a cidade de Nova York a ser considerada o local com a pior qualidade de ar do mundo, de acordo com a IQAir.
Mais de 414 pontos de incêndio estão ativos no Canadá, sendo que mais de 200 estão fora de controle, segundo a NBC News. A mídia americana informa que, até a manhã de quarta-feira, 18 estados estavam sob alerta para a má qualidade do ar.
Bombeiros do Canadá seguem no combate às chamas, que já destruíram área estimada em 8,7 milhões de acres, o que equivale a 35 mil km², de acordo com a ABC News. Segundo a agência espacial norte-americana, a Nasa, alguns dos incêndios começaram após raios atingirem o solo, e se propagou devido ao clima quente e seco.
Diante da dimensão da destruição, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, informou que membros das Forças Armadas foram deslocados para dar suporte aos bombeiros. Os EUA anunciaram reforço de 600 agentes para o Canadá.
Em diversas regiões dos EUA, o ar foi considerado prejudicial à saúde, de forma que todas as pessoas devem limitar o tempo que ficam expostas ao ar fora de casa. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a cidade de Nova York imersa na fumaça.
Imagens de satélite mostram avanço de resíduos da queimada pelo mundo
Imagens registradas pelo satélite europeu Copernicus registraram o início e o avanço dos resíduos provenientes das queimadas no Canadá. Cerca de 3,8 milhões de hectares (38 mil km²) já queimaram.
Os incêndios florestais produzem diversos gases, principalmente o Monóxido de Carbono (CO²) que ficam dispersos pela atmosfera.
O satélite mostra a dissipação de uma nuvem de pequenas partículas ou gotículas líquidas que ficam suspensas na atmosfera. Elas são conhecidas como aerossóis atmosféricos.
Sua principal concentração está na região do Canadá e dos EUA. A tendência é que com o passar dos dias a região norte da Europa comece a notar a presença dessas partículas na atmosfera. No estado que chegará nos países europeus, ela não será prejudicial para a saúde dos cidadãos.
E o avanço de uma “nuvem” de Monóxido de Carbono (CO²), que segundo o especialista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Alberto Setzer confirmou, ela indica emissões de combustão incompleta, o que é comum nos incêndios florestais/queimadas, sendo um gás tóxico que permanece na atmosfera por alguns meses.
O pesquisador afirma ainda que essa “nuvem” chegará muito diluída e “apenas mudará a cor do céu e do por/nascer do sol”.
A tendência é que ele fique mais avermelhado.