Milhares de civis participaram na Ucrânia, neste final de semana e no anterior, de programas de treinamento para combate criados e administrados pelo governo e por grupos paramilitares privados e que integram o plano estratégico de defesa do país no caso de uma possível invasão pela Rússia. Entre os participantes havia idosos e crianças, segundo informações do G1.
O objetivo do governo ucraniano não é superar o poderio militar russo, algo virtualmente impossível para a Ucrânia, e sim criar uma forma de resistência civil que torne impraticável uma ocupação por uma força estrangeira.
Ataque a qualquer momento
Os russos poderiam atacar a Ucrânia “a qualquer momento”, reiteraram neste domingo (13), altos funcionários americanos, no dia seguinte a um telefonema entre Joe Biden e Vladimir Putin, que lhes deu “motivos para otimismo”.
A conversa por telefone entre os dois presidentes “certamente não mostrou que as coisas estivessem se movendo na direção correta”, disse à Fox o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
“Não há sinais de que Putin tenha a intenção de aliviar as tensões”, acrescentou. “Acreditamos que uma ação militar importante poderia ocorrer a qualquer momento”.
A Rússia, que nega qualquer vontade de ir para a guerra, concentrou desde novembro mais de 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia e iniciou manobras militares em Belarus e no Mar Negro nos últimos dias, cercando de fato seu vizinho.
Nos últimos dias, intensificaram-se os esforços diplomáticos para tentar evitar uma guerra na Ucrânia. Após a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, é esperado na segunda-feira (14) em Kiev e na terça-feira (15) em Moscou.