Metodologia, inédita em Niterói, será aplicada na Praia de Charitas durante o Clean Up Day, neste sábado (17). É a primeira coleta do projeto Lixo fora D’água, que disponibiliza ferramentas para o diagnóstico das fontes de resíduos sólidos que sujam as praias e o mar e contribuem para implantação de ações mitigadoras da poluição.
A metodologia será implantada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade. Niterói está entre os 11 municípios brasileiros que aderiram ao projeto, desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), tendo como parceiros a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA); a Universidade de Leeds, no Reino Unido; a Associação Sueca de Resíduos Sólidos (Avfall Sverige) e a Agência Sueca de Proteção Ambiental.
O Lixo fora D’água é diferente dos mutirões de limpeza que serão realizados nas praias do município. O subsecretário de Sustentabilidade, Allan Cruz, afirma que a metodologia é um trabalho de investigação.
“Não é apenas uma ação de limpeza, o foco é investigação e pesquisa. Queremos saber de onde vem o lixo que polui as nossas praias. E isso é feito por meio da coleta, triagem e classificação dos resíduos. Este projeto auxilia os municípios na prevenção da poluição das praias. Essa metodologia que será aplicada na Praia de Charitas, inicialmente, é um conjunto de estudos, ações e proposições que visam identificar e combater as fontes terrestres decorrentes da gestão inadequada de resíduos sólidos urbanos, que culminam com a poluição das águas”, explica Cruz.
Com todos os dados levantados após a coleta, realizada numa área previamente demarcada na Praia de Charitas, inicia-se o estudo sobre os tipos de resíduos e origem.
“Essa pesquisa tem como objetivo final a implantação de planos de ação para mitigar a poluição. É um trabalho que será realizado pela primeira vez em Niterói e que pode potencializar a gestão dos resíduos sólidos que já é realizada pela administração municipal. O material coletado, contado e identificado permitirá que seja estimada a origem do resíduo e possibilitará reconhecer potenciais fontes de poluição, podendo estar relacionada a uma fonte local, um comportamento social ou ambos”, explica Allan.