Desde o fim da manhã desta segunda-feira, a família de Sthefany Neves, de 17 anos, que está desaparecida desde sexta-feira (17), vive a angústia da espera. O rapaz que está com a adolescente fez contato por telefone por volta das 11h e disse que vai devolver a menina à família.
A mãe chegou a falar com a filha por telefone, mas até as 18h30, a garota não havia chegado em casa. Já os contatos por telefone foram interrompidos, o que aumentou a tensão entre os familiares. Na semana passada, a polícia resgatou, no Maranhão uma menina de 12 anos que havia sido levada em Sepetiba, na Zona Oeste da capital, segundo informações do site G1.
“Ele disse que não é sequestro e que está trazendo ela para casa, mas só entrou em contato depois que viu a sua foto nas redes sociais. Disse que é trabalhador e que isso vai acabar com a vida dele, que ele vai ser demitido. Mas ele não pensou na gente. A nossa agonia é grande, uma hora ele falou que estava em Campo Grande, depois em Coelho Neto, depois em Marechal Hermes, mas não chega nunca”, disse Géssica Marinho das Neves, mãe da menina, no final da tarde desta segunda-feira (20).
A mãe disse ainda que conversou com a filha por telefone:
“Ela falou comigo, disse que estava vindo para casa, falou que estava bem, mas a gente não sabe, né? Ele pode ter mandado ela falar isso. Eu senti a voz dela meio diferente, como se estivesse dopada”.
Sthefany desapareceu após marcar um encontro com um homem pelo Facebook. Ela saiu de casa, no bairro Bom Pastor, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, dizendo que iria para um local próximo, mas não retornou. O pai dela, que é dono de uma pequena lanchonete, diz que desde sexta-feira não consegue trabalhar.
“Estamos desesperados desde sexta-feira, chorando, sem comer, sem beber, sem trabalhar. Tudo o que quero é encontrar logo a minha filha. Cheguei a falar com o rapaz também, ele ficou de trazer ela, mas está enrolando a gente”, afirmou Ismael Souza da Cruz, de 37 anos.
No domingo (19), a família registrou o caso na 54ª DP (Belford Roxo). A Polícia Civil informou que a investigação sobre o desaparecimento será repassada para o Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Perfil indicava “relacionamento sério”
O perfil do homem com quem a menor conversava trazia o status de “relacionamento sério” e informava que ele trabalharia na Ceasa. Um trecho de uma conversa mostra os dois marcando um encontro.
Nesta conversa, a adolescente avisa que já está indo e que ficaria sem telefone. Ele pergunta se ela sabe onde é o local marcado, dizendo ser “perto”, e ela responde que sabe a localização.