Cerca de 800 cavernas foram descobertas por pesquisadores: cavas esculpidas naturalmente pela água e que podem guardar tesouros naturais e históricos. O mapeamento foi feito pelo ICMBio, em parceria com o Centro Nacional de Cavernas, e serve para proteger o Patrimônio Nacional.
Mais da metade dessas descobertas foi em Minas Gerais, o estado brasileiro com o maior número de cavernas. Agora são mais de 11 mil cadastradas. Os pesquisadores explicam que existem características no estado que favorecem essa formação natural.
“Temos diversos tipos de terrenos geológicos em Minas Gerais e todos eles são suscetíveis à formação de cavernas, e a gente também tem muita água. A água é grande a arquiteta das cavernas”, destaca Luciano Faria, espeleólogo e pesquisador.
Com as novas cavernas catalogadas, o Brasil passa a ter mais de 23 mil conhecidas, mas os pesquisadores acreditam que existam muitas outras.
Uma, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é aberta ao público e tem formações raras.
“As eliquitites, que tem o formato indefinido e a nossa principal raridade, que são as torres gêmeas, que são duas colunas cilíndricas – exatamente lado a lado – e que possivelmente cresceram de forma simultânea e são consideradas únicas no mundo inteiro”, conta Jonatan Lopes, monitor da gruta, falando sobre a formação do local.
Para uma dupla de amigos foi como ver os livros de geografia ganhando vida.
“Você vê isso daí: o cálcio todo pelas paredes assim, tudo formado de uma maneira natural, sem intervenção humana, sabe? É muito legal”, vibra Lorenzo da Silva, de 13 anos.