Um homem foi preso na comunidade do Jacaré, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, nessa semana, acusado de integrar uma facção criminosa responsável pelo abastecimento de drogas a traficantes em cidades da Zona da Mata, de Minas Gerais-MG.
A ação fez parte da “Operação Transformers”, iniciada em 2022, e que tem como objetivo desarticular um esquema de traficantes mineiros que já teria movimentado mais de 1 bilhão de reais nos últimos cinco anos.
O homem de 36 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso na quinta-feira (03), graças a uma ação conjunta entre a Polícia Civil de Juiz de Fora (MG) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Niterói.
De acordo com a DPCA, o esquema criminoso atuava também com lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração de veículos, além do tráfico de drogas em Juiz de Fora e região.
Foragido da Justiça mineira, o acusado, que tinha mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora, vinha sendo procurado, quando foi encontrado escondido no Jacaré, em Cabo Frio, onde estava há quase três anos.
“Ele levava uma vida longe de sua realidade, acreditando estar a salvo de qualquer possibilidade de captura”, contaram agentes da DPCA, após a prisão.
O criminoso teria sido preso, sem apresentar resistência, quando estava em um dos acessos da comunidade, fruto de um trabalho de inteligência e troca de informações entre agentes de Niterói e Juiz de Fora. Ele foi encaminhado à DPCA, em Niterói, onde ficará à disposição da Justiça.
Desde o início da “Operação Transformers”, em outubro de 2022, mais de 30 pessoas já foram presas em Juiz de Fora e região, em ações conjuntas das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, desarticulando uma organização que conta com setores responsáveis pela logística, financeiro, corrupção e liderança.
Ao todo, os agentes de segurança já cumpriram 31 mandados de prisão preventiva, 61 mandados de busca e apreensão, 148 mandados de sequestro de veículos, e 10 mandados de sequestro e indisponibilidade de imóveis, apreensão e indisponibilidade financeira, no valor de mais de 55 milhões de reais.