A Ponte da Integração, que liga São João da Barra a Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, foi inaugurada na manhã de quarta-feira (12), após mais de 40 anos de espera.
A obra foi batizada com o nome de João Peixoto, em homenagem ao deputado estadual que faleceu em 2020 vítima da Covid-19.
A cerimônia contou com a presença do governador Cláudio Castro, do presidente da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar e representantes do poder público de Campos dos Goytacazes, São João da Barra e São Francisco do Itabapoana. A nova ponte promete facilitar o tráfego entre os dois municípios e impulsionar a economia da região Norte fluminense.
Com a inauguração da ponte, os dois municípios agora possuem uma conexão direta, o que deve facilitar o tráfego de pessoas e mercadorias, além de impulsionar a economia local.
Outras melhorias estão em andamento, como a instalação de uma base integrada de segurança no acesso pelo distrito de Caetá, conforme anunciou ontem a prefeita de São João da Barra.
Outra medida foi o pedido para a instalação de postos do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) nas cabeceiras da ponte, nas rodovias BR-356 e RJ-196, protocolado por Rodrigo Bacellar, no início de fevereiro. Além disso, é prevista a recuperação das rodovias estaduais RJ-194 e RJ-196, com 36 km de pavimentação, sendo 18 km em cada uma dessas vias, essenciais para o acesso entre os municípios.
Como parte do projeto de valorização da história local, as estradas de acesso à Ponte da Integração serão nomeadas em homenagem aos ex-prefeitos Pedro Cherene, de São Francisco de Itabapoana, e Genecy Mendonça, o Dodozinho, de São João da Barra.
Espera de 40 anos
Uma das obras mais aguardadas pela população da região, a estrutura tem 1.344 metros de comprimento por 16,2 metros de largura, e vai reduzir em 80 quilômetros a distância entre as duas cidades e o município de Campos dos Goytacazes, ligando o único ponto em todo o litoral que ainda não tinha elo pela costa brasileira. O acesso à cabeceira, pelo lado sul, que liga a ponte à BR-356, já foi pavimentado e a previsão é que o segundo acesso seja completamente asfaltado até abril.
“Hoje é um dia histórico para o nosso estado e, principalmente, para os moradores desta região. A inauguração da Ponte da Integração é uma realização de um sonho aguardado há mais de 4 décadas. A obra estava parada desde 2012. A ponte vai encurtar caminhos e impulsionar a economia local. Estamos interiorizando os investimentos e garantindo justiça e desenvolvimento ao povo do Norte fluminense, esse é o nosso legado”, enfatizou o governador.
Muito mais que encurtar a viagem entre as duas cidades, eliminando a atual volta por Campos dos Goytacazes, o governador disse que a ponte vai beneficiar milhares de produtores rurais, incrementando o agronegócio, e impulsionará o turismo, com acessos mais fáceis e rápidos às praias e hotéis fazendas das duas cidades. Segundo o Governo do estado, também propiciará a criação de milhares de postos de trabalhos formais, a partir de empresas ligadas à logística.
Além do impacto na mobilidade, a prefeitura de São João da Barra ressaltou a criação de uma base integrada de segurança na ponte, com apoio do governador Cláudio Castro. A estrutura contará com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e guardas municipais dos três municípios.
Câmeras com reconhecimento de placas serão instaladas, e um comitê de gestão foi criado para agilizar a troca de informações entre as forças de segurança, garantindo mais proteção na região.
Preocupação
O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, demonstrou preocupação em relação ao aumento do fluxo de trânsito pesado na área de Guarus, em decorrência da ponte. Para o prefeito, o ideal seria que fosse feito um novo traçado afim de desviar o fluxo de veículos.
“Dizer ao prefeito Wladimir que sua ponderação é justa e que tem tempo para tudo. Depois, se precisar, a gente vai fazer um dente, a gente vai construir junto. Eu só queria te dizer (prefeito) que, em função do Tribunal de Contas, qualquer mudança que a gente tentasse fazer poderia ser motivo para que novamente, de repente, ele paralisasse a obra e todo mundo seria prejudicado”, explicou o deputado Rodrigo Bacellar.
