O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições. Com 99,01% das urnas contabilizadas, ele está matematicamente eleito, segundo o Tribunal Superior eleitoral (TSE).
Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência.
O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, o petista tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado pelo atual presidente. Essa é a menor diferença percentual a favor do ganhador desde que as eleições livres foram retomadas, em 1989.
Disputa voto a voto
A campanha do segundo turno durou quatro semanas. Lula e Bolsonaro percorreram o país em busca dos votos dos eleitores indecisos ou que tinham votado em outros candidatos no primeiro turno.
Em um cenário de forte polarização, Lula e Bolsonaro travaram uma “guerra santa” em busca de votos de fiéis religiosos, trocaram acusações de fake news e protagonizaram um disputa de popularidade com apoios de artistas e recordes de audiência em podcasts e emissoras de TV.
Lula afirmou que pretende unir o país após ser eleito para um terceiro mandato.
“A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação”, disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu pronunciamento em um hotel em São Paulo após o Tribunal Superior Eleitoral confirmar sua vitória na eleição.