A cidade do Rio de Janeiro vai começar a vacinar pessoas com comorbidades com idade entre 12 e 59 anos com a vacina bivalente contra a Covid-19 a partir da próxima segunda-feira (3). A informação foi confirmada por Rodrigo Prado, secretário Municipal de Saúde da capital fluminense.
A vacinação acontece após a divulgação de uma nota técnica do Ministério da Saúde na noite de sexta-feira (31).
De acordo com a pasta, a decisão foi tomada por conta da disponibilidade de doses do imunizante e é baseada em uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No documento, o Ministério da Saúde define uma lista de comorbidades incluídas no grupo prioritário. Quem tem alguma dessas doenças e tem mais de 12 anos de idade já pode tomar a dose de reforço bivalente, desde que já tenham tomado ao menos duas doses da vacina monovalente contra a Covid, com um intervalo de quatro meses desde a última vacina tomada.
Confira a lista de doenças preexistentes segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio:
- Diabetes mellitus;
- Pneumopatias crônicas graves;
- Hipertensão arterial de difícil controle ou com lesão em órgão-alvo;
- Cardiopatas ou valvopatas;
- Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares;
- Doença renal crônica;
- Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves;
- Obesidade mórbida;
- Síndrome de Down e outras Síndromes genéticas;
- Doença hepática crônica.
Segundo o Ministério da Saúde, não há necessidade de comprovação da comorbidade para se vacinar.
A vacina bivalente é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 (chamados de monovalentes) e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes da ômicron.
O objetivo do reforço com a bivalente é expandir a resposta imune específica à variante ômicron e melhorar a proteção da população.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 9,1 milhões de pessoas se enquadram no grupo prioritário das comorbidades em todo o Brasil.
Reforço
A vacinação de reforço com o imunizante bivalente da Pfizer começou no Brasil no final de fevereiro. Desde então, quase sete milhões de doses já foram aplicadas, de acordo com dados da pasta.
Além das pessoas com comorbidades, também podem tomar o reforço com a bivalente:
- Pessoas com 60 anos ou mais;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
- Imunossuprimidos (a partir de 12 anos de idade);
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
- Gestantes e puérperas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade);
- População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas; e
- Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade.