Nesta sexta-feira (03), o Governo do Estado do Rio de Janeiro recebeu a confirmação de mais dois casos de Influenza Aviária (H5N1) em aves silvestres migratórias encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense.
Com esses registros, o total de casos no Estado subiu para cinco, todos envolvendo aves da espécie trinta-réis-de-bando. Até o momento, não há relatos de contaminação em seres humanos.
As Secretarias de Saúde (SES-RJ) e Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) do Rio de Janeiro estão acompanhando os casos e orientando a população a evitar o contato com aves silvestres doentes, além de acionar a vigilância sanitária em caso de suspeita.
Dos cinco casos registrados no estado, três ocorreram em São João da Barra, enquanto os outros dois foram confirmados no município do Rio de Janeiro e em Cabo Frio.
Orientações sobre manejo de aves
A SES-RJ e a Seappa emitiram uma nota técnica aos 92 municípios fluminenses, orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres. Esse manejo deve ser realizado apenas por profissionais habilitados, utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Os técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivo para preocupação com relação a uma epidemia de H5N1, pois, atualmente, não há transmissão direta do vírus de pessoa para pessoa. É importante destacar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. As infecções em seres humanos ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas, sejam elas vivas ou mortas.
A SES-RJ orienta os profissionais de saúde a estarem atentos durante a triagem e o atendimento médico a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Em caso de suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do momento em que os sintomas se iniciaram, inclusive em casos de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve ser adotado para obter resultados laboratoriais.
O secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, destaca a preocupação em informar a população sobre evitar o contato com aves silvestres, principalmente nas regiões litorâneas do estado. Até o momento, não há registros de contaminação em seres humanos, mas diante das confirmações em aves silvestres, a vigilância está sendo ampliada e os 92 municípios estão recebendo orientações.
A Secretaria de Agricultura informa que não há registros da doença em aves domésticas em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense. Em caso de suspeita, os cidadãos devem ligar para o número 193 ou comunicar imediatamente a unidade da Defesa Agro.