A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (19) que reduzirá em R$ 0,12 por litro o preço médio da gasolina tipo A vendida às distribuidoras. Com a mudança, que passa a valer no próximo sábado (21), o combustível será comercializado pela petroleira a R$ 2,81 o litro.
A empresa também anunciou o aumento de R$ 0,25 por litro no diesel tipo A, passando a cobrar das distribuidoras R$ 4,05 o litro.
Segundo a petroleira, seus preços de venda tanto da gasolina como do diesel acumulam queda neste ano. No caso da gasolina, a redução é de R$ 0,27 por litro e, do diesel, de R$ 0,44 por litro.
“A estratégia comercial que adotamos nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatilidade para o consumidor”, afirmou o presidente da empresa, Jean Paul Prates.
A petroleira anunciou em maio deste ano mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não obedece mais à política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
Agora, a Petrobras leva em consideração dois pontos para a determinação de preços:
- o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
- o valor marginal para a Petrobras.
O custo alternativo do cliente contempla “as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”.
Já o “valor marginal”, segundo a petroleira, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
No comunicado desta quinta-feira, a Petrobras afirmou que a nova estratégia mitigou “os efeitos da volatilidade e da alta abrupta de preços externos”.
Vale lembrar que os valores praticados pela petroleira não são os mesmos dos postos de combustíveis. Os preços nas bombas também levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Conflito no Oriente Médio e alta do petróleo
O comunicado da Petrobras foi divulgado em meio ao conflito entre Israel e Hamas, que tem causado aumento na cotação do petróleo no mercado internacional.
Na quarta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a descartar o risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil por causa do aumento de preços.
O petróleo do tipo Brent – usado como referência no mercado – estava sendo negociado a cerca de US$ 93 nesta quinta-feira, uma alta de quase 10% desde o início da guerra no Oriente Médio.