O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira (16), sua projeção para o crescimento da economia brasileira. Agora, a estimativa é que o PIB do país avance 2,2% este ano e 2,1% em 2025. Antes, as estimativas eram mais modestas – 1,7% e 1,9%, respectivamente.
Assim, o Brasil, que tinha voltado ao grupo das 10 maiores economias do planeta em 2023, na nona posição, deve avançar mais uma casinha este ano.
A previsão do FMI é que o PIB brasileiro, ao fim de 2024, some US$ 2,331 trilhões – ultrapassando a Itália, cuja economia terá um tamanho de US$$ 2,328 trilhões.
Na publicação anterior do FMI sobre a economia global – o World Economic Outlook de outubro do ano passado – o Brasil só chegaria à oitava posição no ranking mundial em 2026.
A Índia, por sua vez, deve ultrapassar a Alemanha como terceiro maior PIB do mundo em 2027.
Ou seja, o crescimento mais robusto antecipou em dois anos esta dança das cadeiras. Pelas projeções do FMI, o Brasil seguirá como oitavo no ranking global de maiores economias até 2029, último ano para o qual o Fundo traça projeções.
A revisão para cima do Brasil vem da expectativa “da consolidação da política fiscal, efeitos da política monetária restritiva (controle da inflação), apesar de uma menor contribuição da agricultura”, diz o documento.
O relatório ainda cita que, depois da inflação caminhar em direção à meta, o Banco Central iniciou seu ciclo de corte nos juros, que começou em 2023.
A perspectiva para o crescimento mundial também registrou ligeiro aumento, saindo de 3,1% para 3,2%. O resultado foi puxado pelos Estados Unidos. O FMI aumentou a projeção para o país de 2,1% para 2,7%.
O Fundo melhorou também suas projeções para os EUA em 2025, vendo o PIB americano avançando 1,9% no ano que vem, contra uma previsão anterior de alta de 1,7%. Mas, para a economia global, a estimativa de expansão de 3,2% no ano que vem foi mantida.
“A economia global continua mostrando uma resiliência considerável, com um crescimento que se mantém estável e a inflação diminuindo, mas muitos desafios permanecem”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, à imprensa.
Segunda maior economia do mundo, o crescimento da China se manteve estável no novo relatório. Depois de registrar crescimento econômico de 5,2% no ano passado, a perspectiva é que o país asiático cresça 4,6% este ano, “por conta da redução dos efeitos do impulso via estímulos fiscais ao consumo pós-pandemia e a persistente fraqueza no setor imobiliário”.