A Polícia Civil investiga a morte de Karen Mancini, de 39 anos, na Estrada Homem de Gouveia, em Lumiar, Nova Friburgo, na noite de sábado (20). Uma das linhas de investigação aponta que ela pode ter sido vítima de feminicídio. O companheiro, de 41 anos, foi conduzido por policiais do 11º BPM (Nova Friburgo) à 151ª DP (Nova Friburgo), prestou depoimento e foi liberado. A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) segue investigando o crime.
De acordo com a PM, agentes foram à casa da vítima, na Estrada Homem de Gouveia, onde encontraram a mulher morta. Karen era analista de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi traumatismo craniano encefálico em consequência de ação contundente.
O sepultamento de Karen será nesta segunda-feira (21), às 16h, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O velório terá início às 14h, na capela Premium.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que houve um aumento de 33% em casos de feminicídio registrados em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023 no estado do Rio. Em relação às tentativas de feminicídio, os números cresceram 20%. De acordo com levantamento do Instituto, apenas no primeiro mês deste ano houve registro de 12 mulheres assassinadas e de 35 vítimas de tentativas de feminicídio. Em janeiro do ano passado, foram nove mortes e 29 tentativas.
Violência contra a mulher
Na última segunda-feira (08), Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa com ferimentos na cabeça, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A vítima teria sido assassinada com uma machadinha e, segundo familiares, o suspeito é o companheiro dela, que não foi localizado.
Dandara Oliveira, de 22 anos, filha da vítima, disse que a mãe mandou mensagens para familiares na madrugada de domingo e em uma delas citou que estava com dor. Durante o dia, antes do corpo da vítima ser encontrado, o suspeito apareceu com a mão machucada, apresentando comportamentos defensivos.
“Ele bebia e ficava agressivo. Provavelmente, ele bebeu de novo. Eles estavam juntos desde meados do ano passado. A perícia encontrou uma garrafa quebrada de cerveja e uma machada. Acredito que com a profundidade que tem na cabeça dela, o buraco foi feito com a machada”, explicou.
Também na última segunda-feira (08), um caso de tentativa de feminicídio ganhou repercussão. A técnica de enfermagem Michele Pinto teve o corpo incendiado na estação Augusto Vasconcelos, na Zona Oeste do Rio. Apontado como o principal suspeito, Edmilson Félix do Nascimento, de 44 anos, ex-marido da vítima, foi encontrado morto na Baía de Guanabara por volta das 21h.
De acordo com testemunhas, Edmilson jogou gasolina na vítima, ateou fogo e fugiu pelos trilhos de trem. O Corpo de Bombeiros socorreu Michele e a encaminhou ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.