A Aeronáutica confirmou nesta terça-feira (14) que a Fraport, concessionária que administra o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, deve pedir mais 90 dias de interdição das operações aéreas no terminal internacional. Diante disso, o aeroporto só reabriria em setembro.
A Fraport, no entanto, não confirmou a informação e diz que vai soltar uma nota sobre o tema.
Paralelamente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho.
A comunicação da Fraport é feita via Notam — um sistema de mensagem que divulga alterações e restrições de aeroportos no país. É por meio dele que a concessionária pede o adiamento da reabertura.
A razão para a solicitação segue sendo o alagamento do terminal e da pista. O Aeroporto Salgado Filho foi fechado em 3 de maio, após as chuvas intensas que caíram na região.
O Ministério dos Portos e Aeroportos informou que aguarda a baixa da água na pista e no terminal para que a concessionária possa fazer o diagnóstico dos danos, em especial na área de pousos e decolagens.
Suspensão de venda de passagens
Segundo a Anac, a suspensão da comercialização de passagens aéreas para voos de origem e destino ao Salgado Filho foi uma medida tomada para “resguarda os interesses dos usuários do transporte aéreo”.
A previsão da Agência é que essa suspensão se estenda até uma nova avaliação por parte da entidade.
“A proibição da comercialização de passagens, que vigorará até nova avaliação pela Agência, abrange todos os canais de comercialização, inclusive sistemas que disponibilizem vendas por terceiros, como agências de viagem e outros intermediários que possam comercializar os bilhetes”, diz nota divulgada pela Anac.
Por meio de nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que alterações e restrições temporárias são comunicadas por meio de mensagem Notam, pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo. E que há atualmente um pedido de interdição até 30 de maio por razão de alagamento. Mas, até o momento, não ocorreu pedido de ampliação da vigência pela concessionária.