Com foco na preservação marinha e na segurança das interações entre humanos e cetáceos, a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FUNTEC Ambiental) promoveu, na manhã desta quarta-feira (23), uma iniciativa de conscientização voltada aos profissionais do turismo náutico em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
A campanha, realizada em colaboração com o ICMBio, a Secretaria Municipal do Ambiente e Saneamento (Semas) e a Associação dos Barqueiros Tradicionais e Extrativistas das Praias de Arraial do Cabo (ABTEPAC), teve como palco o píer da Praia dos Anjos.
Durante a ação, condutores e tripulantes de embarcações foram orientados sobre as diretrizes corretas para o avistamento de baleias e golfinhos, com foco especial na migração das jubartes. A equipe do Projeto Mar de Baleias, da FUNTEC, também adesivou as embarcações com informações fundamentais sobre:
- A distância mínima a ser respeitada dos animais;
- A velocidade máxima permitida nas zonas de observação;
- E os comportamentos esperados para evitar interferências ou estresse aos cetáceos.
“Essas medidas servem para instruir quem atua com turismo embarcado, mas também visam atingir os turistas, que precisam entender como se portar diante da aproximação de um animal marinho”, explicou Ronnie Plácido, presidente da FUNTEC Ambiental.
Avistamento de jubartes transforma Arraial em referência nacional
A migração das baleias jubarte ocorre anualmente entre junho e setembro, período em que esses mamíferos deixam o frio das águas antárticas em direção ao litoral brasileiro para reprodução e cuidados com os filhotes. O fenômeno vem colocando Arraial do Cabo no mapa dos grandes destinos de observação da fauna marinha no país.
A beleza dos saltos, as interações entre as baleias e a oportunidade única de testemunhar esse espetáculo natural têm atraído cada vez mais visitantes, incluindo biólogos, fotógrafos e amantes da natureza. Mas, com esse aumento de interesse, cresce também a necessidade de educação ambiental e controle das atividades humanas.
Segundo a FUNTEC, a temporada é vista como uma chance valiosa de unir turismo ecológico, sensibilização ambiental e proteção das espécies. O equilíbrio entre atividade econômica e conservação é a base da proposta, que aposta na informação como principal ferramenta para garantir a coexistência respeitosa entre pessoas e a vida marinha.
