Integrantes de uma das quadrilhas responsáveis por diversas explosões no Rio de Janeiro planejavam mais um ataque no estado. A informação é da Polícia Federal. De acordo com as investigações, o atentado aconteceria na Região da Costa Verde, nos próximos dias.
Entretanto, só não prosperou porque a comunidade em que os criminosos estavam, em Angra dos Reis, foi atacada por bandidos rivais na última segunda-feira (31), segundo informações do site G1.
No confronto, oito pessoas morreram. Segundo os investigadores, foram eles os responsáveis por explodirem uma agência bancária da Ilha da Conceição, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em junho. Os bandidos levaram cerca de R$ 400 mil e fugiram pelo mar.
Nesta terça-feira (1), Wallace Melo dos Santos, de 31 anos, foi preso enquanto procurava atendimento médico no Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte do Rio. Os investigadores acreditam que ele foi ferido durante a troca de tiros. O fuzil usado pelo criminoso durante o roubo em Padre Miguel, na Zona Oeste, foi perdido pela quadrilha de assaltantes durante o confronto com os traficantes em Angra.
Santos mora no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, e é acusado de participar de um roubo no dia 28 de junho, em Padre Miguel, quando funcionários de uma empresa de transporte de valores realizavam a manutenção de um caixa eletrônico numa farmácia da Rua Oliveira Ribeiro.
Os assaltantes, utilizando fuzil, pistolas e vestidos com camisas da Polícia Civil, coletes, luvas e toucas, renderam os vigilantes que faziam a escolta.
O bandido tinha um mandado de prisão preventiva aberto baseado nas investigações da Delegacias de Roubos e Furtos (DRF) e de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio, da PF. Outros integrantes da mesma quadrilha foram presos em setembro.
De acordo com as investigações, a quadrilha foi responsável, entre junho e setembro, pela explosão de seis agências bancárias no Rio e na Baixada Fluminense. A investigação apontou que a organização criminosa atuou com cerca de 15 homens portando fuzis.
“Esse grupo criminoso vem se utilizando da modalidade de roubo chamada ‘novo cangaço’ ou ‘domínio de cidade’, de modo a evitar a reação policial. Por exemplo: o grupo usa fuzis e material explosivo, atira contra policiais, dispara contra transformadores para interromper a iluminação pública, bloqueia as ruas, faz reféns, coloca nas vias miguelitos, que são pregos pra furar pneus e viaturas policiais pra evitar assim a perseguição”, disse o delegado Luiz Carlos Silva Júnior, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat).
“A investigação prossegue para obter mais elementos de prova para responsabilizar criminalmente todos os autores dos fatos apurados pelos crimes de roubo majorado, tentativa de homicídio qualificado, organização criminosa majorada e resistência qualificada”, destacou Silva Júnior.
A prisão do criminoso foi possível graças a uma ação integrada entre as policias Civil, Militar e Federal.