Na manhã deste domingo (02), o lixão de Teresópolis, na Região Serrana, voltou a ser consumido pelo fogo, desencadeando preocupações entre os moradores e autoridades locais. As equipes do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura foram mobilizadas novamente para combater o incêndio, que havia sido dado como encerrado na última sexta-feira (30). Rolos de fumaça foram avistados, indicando a persistência do problema.
A gravidade dos novos focos de incêndio ainda não foram divulgadas pelas autoridades. Para tentar controlar a situação, carros-pipa da Cedae estão sendo utilizados para abastecer os bombeiros, enquanto máquinas da Prefeitura reviram o lixo, permitindo que a água alcance as áreas atingidas pelas chamas.
A situação tem gerado caos no tráfego da região, especialmente na BR-116, que foi severamente afetada pela densa fumaça. Além disso, as aulas na rede de ensino de Teresópolis precisaram ser suspensas para proteger alunos e professores dos efeitos prejudiciais à saúde decorrente da inalação da fumaça tóxica.
A Prefeitura, montou um gabinete de crise para acompanhar de perto os desdobramentos e implementar medidas emergenciais para garantir o bem-estar da população, que busca atendimento médico em postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) devido aos problemas respiratórios.
Desde segunda-feira (26), a cidade combate incessantemente ao incêndio. A fumaça tóxica pairando no ar, compromete a qualidade do ar da cidade, que costumava ser conhecida como um atrativo para turistas.
O forte odor e os problemas respiratórios alertaram a gravidade da situação aos moradores, que, inicialmente, poderiam ter confundido a fumaça com a névoa típica do inverno.
Vale ressaltar que o lixão de Teresópolis havia sido interditado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em 2018, mas uma liminar concedida à Prefeitura permitiu sua continuidade. Apesar de a recente cassação dessa liminar, o despejo de resíduos no local prosseguiu, devido à falta de alternativas adequadas para o descarte.