A Polícia Civil está investigando a morte de ao menos 30 animais, em Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense. Protetores suspeitam que os animais tenham sido envenenados.
Segundo Victoria Grado, que é uma protetora de animais da cidade, cerca de 18 gatos e 16 cachorros foram encontrados mortos. Ela disse que de todos os animais encontrados com sintomas, só dois sobreviveram. A maioria dos animais mortos viviam nas ruas.
“Desses casos de envenenamento, tivemos três que foram dentro da própria casa. Os sintomas são fraqueza, tremores, salivação em excesso e logo depois vem a convulsão”, disse a protetora.
Primeiros casos
Victória conta que um dos primeiros casos ocorreu com a cachorra dela, a Princesa. Ela havia sido resgatada há três anos, cheia de filhotes, e estava morando com a protetora desde então.
“No dia 14 de junho ela chegou envenenada. Não deu nem tempo de salvar e depois começaram os casos um atrás do outro”, conta a protetora.
Um outro cachorro da protetora também foi vítima. O Blue Heeler apareceu com sintomas no dia 23 de junho.
“Eu tentei salvar, fiz alguns dos procedimentos, ele tinha que ter ido para a clínica tomar soro, mas não deu tempo”, diz.
Investigação
A protetora, ao lado de outros voluntários, está buscando os responsáveis pelo suposto envenenamento e cobrando explicações. Eles protocolaram um documento e enviaram ao Ministério Público do Rio de Janeiro.
Em nota, o MPRJ informou que vai ser instaurado um procedimento administrativo interno para a apuração dos fatos. “Bem como oficiada a 138ª DP, requisitando-se a instauração de inquérito policial para a apuração do crime de maus tratos a animais e seus responsáveis”, disse o Ministério Público.
A Polícia Civil informou que após saber dos casos, um procedimento foi instaurado para apurar e esclarecer os fatos. “A investigação está em andamento”, disse a polícia.
“A gente não tem ideia de quem está fazendo isso. A gente quer justiça pelos animais que foram mortos”, disse Victoria.