As águas do litoral brasileiro estão cada vez mais seguras para as baleias jubartes. Elas chegam da Antártica, nesta época do ano, para a temporada de reprodução. E um dos lugares escolhidos é o Rio de Janeiro.
Pesquisadores saem às 7h, para desbravar as águas do Sudeste, com o projeto Baleia Jubarte. As imagens coletadas e o trabalho feito pelos dos pesquisadores são fundamentais para conhecer melhor a população de baleias jubartes na costa do Brasil. O que eles já sabem é que essa população está aumentando ano após ano, e já voltou a ocupar as águas da região Sudeste.
No início da década de 1990, no máximo 1,5 mil baleias jubartes se concentravam no sul da Bahia para namorar e ter filhotes. Agora, elas se espalharam pelo litoral brasileiro e já são aproximadamente 30 mil.
“Quanto maior o número de animais, maiores as possibilidades de capturas acidentais em redes de pesca, colisão com embarcação, então é um momento de muita felicidade para nós pesquisadores, mas também é um momento em que devemos ficar de olhos bem abertos ”, diz a bióloga Liliane Lodi.
O comandante da expedição, Enrico Marcovaldi se mudou, há mais de três décadas, para a Bahia para estudar as baleias jubartes.
“A partir de 1986/1987, foi proibida a caça a nível mundial e no Brasil também. Então, as populações de baleia jubarte estão se recuperando e reocupando lentamente antigas áreas de reprodução”, explica Marcovaldi.
Foram flagrados sete baleias juntas. Cena rara. Os pesquisadores identificam cada jubarte pela parte de dentro da cauda.
“Nenhuma cauda é igual à outra, é como a nossa impressão digital. Por isso a importância da fotografia é tão grande”, conta a fotógrafa Bia Hetzel.
Padrão um é quando a jubarte tem a cauda bem branca. Vai até o padrão cinco, quando a cauda é totalmente preta, e é usada para coletar material genético.
“Uma picadinha de uma injeção. Esse aqui é um pedacinho da gordura e a pele está aqui. Com a pele, a gente faz um estudo genético, descobre se o pessoal é macho ou é fêmea, a idade dele”, explica o biólogo Sergio Cipolotti.
Em dias de muita sorte, os pesquisadores podem se deparar com dezenas de golfinhos pintado do Atlântico, de todas as classes e idades, que apareceram também.
Já as baleias, de até 15 metros e 40 toneladas, desafiam a gravidade, ficam à vontade e totalmente em casa.
O esforço é para que o respeito e a preservação dessas espécies se mantenham.