A rede escolar do RJ ganhará um aplicativo com um “botão de pânico” para evitar ou conter ataques em sala de aula. O governador Cláudio Castro (PL) apresentou nesta quinta-feira (30) essa e outras ações para identificar e evitar situações de violência nas escolas públicas e privadas do RJ. O app deverá ser lançado em um mês.
“A Polícia Militar apresentou a proposta do aplicativo ‘Rede Escola’. Assim como fizemos na ‘Rede Mulher’, que tem sido um sucesso, [terá] botão de pânico, com possibilidade dos alunos acessarem rápido. Não só o aluno, mas também o profissional da educação e o professor”, afirmou Castro.
Castro explicou que o governo já vinha estudando melhorar a segurança nas escolas. “Assim que a gente viu aquela cena lamentável de São Paulo [o ataque na Vila Sônia], tivemos a ideia da criação desse plano”, disse.
Um comitê será criado para que representantes dos colégios levem reivindicações às polícias sobre como resguardar a comunidade em operações policiais.
“Agora, os profissionais de educação, através deste comitê, serão ouvidos. Eles têm a experiência do que acontece quando a operação entra dentro da escola. Com essa integração, nós acreditamos que a gente vai conseguir proteger mais ainda e deixar as escolas menos vulneráveis”, descreveu.
Ainda segundo o governador, o Rede Escola também terá “palestras com formação para professores”, e a ideia é que as forças de elite das polícias, o Bope e a Core, ofereçam um treinamento.
Incidentes com apreendidos
Em menos de uma semana, foram dois episódios no estado do Rio. Na sexta-feira passada (24), alertada pela Interpol, a Polícia Civil apreendeu um menor de 17 anos que planejava para os dias seguintes um ataque a um colégio na capital.
Na última terça-feira (28), outro adolescente, de 15 anos, foi apreendido por PMs na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, Zona Sul do Rio, após tentar esfaquear colegas. Ele foi contido, mas uma garota — que seria o alvo do agressor — foi ferida levemente.
Em São Paulo, na segunda-feira (27), uma professora morreu após ser atacada a facas por um menino de 13 anos. Outras três professoras e um aluno também foram agredidos. O adolescente foi apreendido.